21 julho 2011

Crocodilo do Zêzere afinal era um peixe-gato

O crocodilo que uma comerciante e um canoísta pensam ter avistado na albufeira de Castelo Bode, no concelho da Sertã, poderá ser um siluro (ou peixe-gato), como o encontrado ontem de manhã perto da foz do Alge (Figueiró dos Vinhos) pelo dirigente da associação ambientalista AQUATomar.

Américo Costa, 48 anos, estava a organizar um passeio de observação da fauna da albufeira, no fim-de-semana, e procurava um sítio para atracar um pequeno veleiro quando descobriu o predador. "Eram 6, 7 horas. Vi movimento junto à margem e julgava tratar-se de uma carpa, mas quando me aproximei constatei que era um siluro, com 1,5 metros", contou o dirigente da AQUATomar, empresário.Nessa altura, pensou logo ter desfeito o mistério do crocodilo.

"Pelo tamanho, por estar em águas menos profundas para apanhar lagostins, pela forma como serpenteia ao nadar e quase não ter escamas, pode confundir-se com o réptil", conclui Américo Costa, destacando que o peixe--gato é muito comum nas barragens espanholas, apesar de ser uma enorme ameaça para os outros peixes.Apesar da descoberta do ambientalista, o Serviço da Natureza e Protecção do Ambiente da GNR vai manter os patrulhamentos de rotina, com atenção a eventuais vestígios de alguma espécie exótica.

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Era bom que de alguma forma se conseguisse investigar até que ponto esta espécie está a povoar a Barragem do Castelo do Bode. Pois não sei se têm conhecimento, mas o silúrio ou peixe-gato, vive até aos 80 anos, sendo uma espécie originária do Norte da Europa, onde no seu habitat natural (águas frias) atinge cerca de 80 a 90cm. Contudo verificou-se entretanto que ao ser inconscientemente introduzido nos rios do sul da europa, uma vez que estes tinham a temperatura da água bastante mais quente, os animais introduzidos cresceram e desenvolveram-se de forma brutal, atingindo nalguns casos os 2,4 metros e pesando mais de 90Kg. Esta espécie é o topo da cadeia alimentar nos rios, não tendo predador (apenas o homem)e simplesmente acaba com a restante fauna que possa existir no Rio. De acordo com os ultimos estudos e experiências efectuadas no Rio Ebro em Espanha em 2011, estamos a falar de um peixe que não tem medo de nada, atacando inclusivé o homem, junto às margens.
É neste contexto que penso que dever ser seriamente ponderada a hipótese de uma intervenção das autoridades competentes, no sentido de se tentar perceber qual a eventual população desta espécie no Zêzere.

2:35 da tarde  

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