O pombal de Moscavide na entrada da Portela tem falta de Condições.
HÁ cerca de dois anos que o pombal de Moscavide foi transferido. Hoje, quem sai da Portela em direcção a Moscavide não fica indiferente ao local, mesmo à beira da estrada.
Cerca de 16 pessoas têm ali os seus pombos. Há quem possua cerca de 250 que treina, alimenta e cuida diariamente num hobby que por mês lhe leva 250 euros do orçamento. Uma verba que gasta em comida, vitaminas e vacinas, mas que lhe dá muito prazer. “Isto é uma grande adrenalina, criar pombos bebés, treiná-los e depois pô-os a concorrer... Dá-nos um gozo formidável...”. No entanto não dá gozo nenhum aos moradores da Portela, pois a partir dessa altura, os vizinhos começaram a ter que limpar todos os dias os parapeitos das suas janelas. Agora nesses parapeitos é ver sacos de plastico a adejar ao vento para ver se espantam os pombos com metodos e atitudes primarias e terceiromundistas. As instalações é que deixam a desejar, afirmam os columbofilos. “Ficámos a perder com a mudança de sítio. Antes, estávamos num terreno aqui perto onde agora está a ser construída uma urbanização em que havia melhores condições e mais espaço. Aqui nem sequer temos uma casa-de-banho. Tivemos a promessa da Câmara de Loures de que o local ia ser requalificado, as chapas são provisórias, o sistema da água dos esgotos não é o melhor, entope, aqui fora o mato cresce selvaticamente e só atrai bicharada cá para dentro...”.
Agora que andam a tentar um condominio fechado já em Moscavide, nas antigas instalações de Material de Guerra, era de transferir para lá os pombais de Moscavide enquanto não desembargarem as demolições. Assim já os pombos teriam mais espaço, ficariam melhor situados, não incomodavam a vizinhança e eram mesmo de Moscavide. Estes apadrinhariam os pombos que andam juntos à Igreja de Moscavide.
Como anteriormente se dizia que Loures era um concelho livre de armas nucleares, podia dizer-se depois, que a Portela era uma freguesia livre de cagadelas de pombos.